Muitas pessoas esperam de Deus sinais mirabolantes. Frustrados, alguns até começam a negar a crença em algo superior simplesmente porque não recebem as respostas que esperavam e como esperavam.

Após a morte de Jesus, o clima entre os discípulos era fúnebre. Estavam amedrontados, sem esperança, sem respostas. Não sabiam o que aconteceria. Os mais fleumáticos se encolhiam no canto da sala. Os mais sanguíneos, agitados, talvez esmurravam a mesa, inconformados.

Quando Jesus se apresenta a eles, porém, após a sua ressurreição, foi necessário que mostrasse suas feridas, seu lado, suas mãos, para que então eles cressem.
De certa forma, faltou-lhes entendimento, afinal o Mestre já havia avisado o que aconteceria .
A questão porém é que Jesus lhes mostrou, e permitiu que Tomé até mesmo o tocasse.

Como seres humanos é natural que necessitemos do físico, da comprovação através dos sentidos. Jesus compreendia isso, e não se importou em provar quem era, mesmo que fosse completamente desnecessário.
No final da cena, Ele deixou como lição as palavras: "bem-aventurados os que não viram e creram".

Por mais que hoje Cristo não esteja entre nós, Ele continua a nos mostrar suas feridas, sempre que estivermos dispostos a vê-las. Não apenas com os olhos físicos, através da criação, da sua história, e evidências históricas, mas também com os olhos da fé, disponível para todos aqueles que desejam a se submeter à sua soberania.

Sua natureza superior implica na não submissão aos nossos desejos, e isso é algo que temos que lidar. Mesmo que não seja como esperamos, os sinais existem, estão a nossa volta. Basta sermos sensíveis e prestarmos atenção.

As evidências foram úteis para que os discípulos reconhecessem o Cristo. Mas apenas o reconheceram porque antes o haviam conhecido.

Que essa Páscoa se torne a oportunidade para o conhecermos de verdade, e que as evidências nos ensinem a reconhecê-lo por todos os dias das nossas vidas.

Afinal, de fato, Ele vive!