O problema porém fica maior quando não conseguimos mudar. Na verdade, muitas vezes não sabemos nem por onde começar.
A decepção nos deixa em choque, anestesiados, atordoados.
Algo que tenho observado com muita frequência é que nós temos muita dificuldade de nos colocarmos no lugar do outro.
Quando estamos profundamente mergulhados na decepção, nossa primeira reação é egocentrista.
Queremos que todos nos compreendam, que todos enxerguem conforme o nosso ponto de vista, e utilizamos nosso ponto de vista para fundamentar nossa sede de justiça. Justiça própria, é claro.
Muitos brigam até mesmo com o próprio Deus. Na pior das hipóteses sugerimos a Ele soluções, e como é frustrante quando Ele não faz do jeito que a gente quer!!
E assim a decepção torna-se um ciclo vicioso.

Como é difícil desapegar-se da justiça própria. Como é difícil tentar ao menos enxergar as situações sob um ponto de vista que não o nosso.

Alugamos amigos, namorados, pais. Queremos que todos nos ouçam e concordem conosco. Nossos ouvidos se fecham para todas as palavras que não sejam as que queremos ouvir.

Em meio à decepção damos ouvidos apenas ao nosso próprio entendimento e nossa visão se limita à ótica de nossa própria razão.